IFC e MPDFT divulgam relatório final do projeto "Como Anda Meu Ônibus?"
Após 1 ano de avaliação, o “Como Anda meu Ônibus” apresenta o resultado das análises de mais de 2.900 respostas dos usuários do transporte público do DF. O projeto foi dividido em períodos de 3 meses para a divulgação de seus resultados, tendo os principais achados dos trimestres apresentados em relatórios avaliativos dos dados levantados.
Os relatórios passados podem ser consultados aqui:
1º trimestre: Relatório 1
2º trimestre: Relatório 2
3º trimestre: Relatório 3
O quarto e último Relatório contém a consolidação de todo o período e propostas de intervenção para os achados de auditoria. O documento divulgado nesta segunda (16/11) foi enviado à Secretaria de Estado de Transportes e Mobilidade via Ofício do Ministério Público do Distrito Federal Territórios (MPDFT).
As proposições apresentadas são sugestões para o rol de alternativas aos problemas apontados pelas respostas dos usuários. Além das avaliações, durante sua execução, o projeto recebeu mais de 2.000 respostas abertas, contendo relatos, críticas e sugestões às dimensões avaliadas.
Resultados
Vários pontos obtiveram avaliações majoritariamente negativas, mas o item com pior avaliação em todo o período foi a lotação dos veículos, com uma soma de quase 85% de avaliações negativas, com 18,21% para “ruim” e 66,76% para “péssimo”.
A seguir, o item com pior avaliação é o preço da passagem, chegando a 74% de avaliações negativas. A análise destaca que entre os usuários que recebem até um salário mínimo, as avaliações negativas para este item chegam a 79%.
O tempo de viagem e o tempo de espera na parada também são pontos críticos da avaliação, pois apontam que, na média, os usuários do STPC podem levar de 1h até 3h para chegar no destino planejado, visto que 45% afirmam levar entre 1h e 2h no deslocamento e quase 52% afirmam aguardar entre 30 min e 1h nos pontos de ônibus.
A segurança no trajeto até as paradas também recebeu uma avaliação negativa dos respondentes, com cerca de 66,3% das avaliações negativas. Esse ponto, aliado à avaliação negativa da iluminação nas paradas – com cerca de 64,3% avaliações “ruim” ou “péssimo”, mostra a importância de outros serviços públicos para a qualidade da experiência do usuário do STPC.
Em todo o período, as avaliações cujo percentual absoluto são a soma “bom” e “regular” ocorrem nos itens, “acidentes de trânsito e a forma que os motoristas dirigem”, “limpeza dentro dos ônibus”, “estado de conservação dos veículos”, “facilidade para fazer conexões”, “atendimento” (de cobradores e motoristas) e “funcionamento do cartão”. O único item cuja avaliação tem percentual absoluto pela soma das respostas “bom” e “ótimo” é a “distância até a parada mais próxima”, com cerca de 57% de avaliações positivas. O que indica que, em muitos pontos do DF, as paradas estão geograficamente bem localizadas.
É importante ressaltar que alguns pontos que tiveram avaliação negativa aqui no DF, tiveram avaliações negativas superiores em mais de 10 pontos percentuais no entorno, como é o caso da iluminação pública nas paradas nas regiões do Entorno, que obteve quase 77% de avaliações “ruim” ou “péssimo”. A conservação dos veículos, que é bem avaliada no DF (59,4% de respostas “bom” ou “regular”), é mal avaliada pelos usuários do entorno, com uma soma de quase 58% de avaliações negativas. As avaliações também são piores no Entorno com relação aos itens “limpeza dentro dos ônibus” e “facilidade para fazer conexões”.
4º trimestre: Relatório 4
Continuidade dos trabalhos
A aplicação dos questionários de avaliação do projeto foi encerrada em agosto deste ano e, apresentados os resultados, o IFC e sua equipe acompanharão os desdobramentos das proposições apresentadas e demais repercussões da iniciativa. Além disso, o grupo acompanhará o próximo processo licitatório afim de que as proposições apresentadas sejam consideradas para o próximo ciclo de concessão do serviço de transporte público rodoviário do DF.
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